Bom, o culto do basquetebol nos EUA é mais do que conhecido e os filmes que têm como pano de fundo essa modalidade não são tão escassos quanto isso. No entanto, acabam invariavelmente (pelo menos na maioria dos casos) por cair no tema das opções em relação aos estudos e da família, bem como da conciliação destes com a alta competição... Spike Lee, o realizador deste filme, não mudou grande coisa...
De qualquer forma, também não é por causa do filme que eu escrevo hoje... Na verdade, escolhi este filme apenas por duas razões: por um lado, aparece no filme um “rapazinho” chamado Reggie Miller... uma curta presença, mas que hoje ganha um novo sentido... a segunda razão é o facto de o realizador, Spike Lee, ser um fanático pelos New York Knicks, que tantas vezes foram vítimas dos mortíferos lançamentos de 3 pontos do rapazinho acima referido.
E vale a pena recordar... vale a pena recordar porque, a partir de hoje, esses momentos pertencem ao passado. É verdade. Reggie Miller, 39 anos... o melhor atirador de 3 pontos de todos os tempos e 12º melhor marcador da história da Liga (NBA)... retirou-se... o derradeiro jogo foi frente aos Detroit Pistons... 27 pontos, 2 ressaltos e 2 assistências...
E é pena... pena, porque ao longo destes anos ele foi verdadeiramente um exemplo... fora do campo, onde ganhou vários prémios de ajuda à comunidade... dentro do campo, onde nos (a tantos outros como eu) fez acreditar nos “impossíveis”... jogos perdidos que em apenas alguns segundos estavam empatados ou, eventualmente, ganhos... festejos tranformados subitamente em lágrimas.... lágrimas transformadas em festejos, num àpice...
Esta época, a derradeira temporada, ele foi mais uma vez o rosto do inconformismo face à adversidade... Numa equipa limitadíssima por lesões e suspensões, ele carregou uma cidade, um Estado, até aos Playoff, acabando desta forma maravilhosa a sua lendária carreira...
Um ícon com o qual crescemos... um herói... alguém que embora eu nunca tenha conhecido, nunca será esquecido... por tudo em que ele me fez acreditar...
Obrigado Reggie, por me fazeres acreditar nos “impossíveis”...
#31
Nota final: A 15 segundos do final, a última substituição... público de pé.... standing ovation... o treinador adversário pede um minuto de desconto unicamente para aplaudir a saída do lendário jogador... os adversários aplaudem, os colegas aplaudem... o público chora... agradece... senhoras... senhores... crianças... e então começam os cânticos: "Reggie, Reggie, Reggie..."
É bonito... assim vale a pena... :)
1 comentário:
Para ti, Reggie:
http://saudadedenaotersaudade.blogspot.com/2005/05/farewell-reggie.html
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