Regras da sensatez. É este o nome de uma das músicas portuguesas que mais me diz. Mais pela letra do que pela própria música (obrigado Carlos Tê). Não causa, assim, estranheza que, desde há alguns anos, vá ouvindo as palavras medidas "Nunca voltes ao lugar onde já foste feliz. Por muito que o coração diga, não faças o que ele diz".
Numa noite de Quinta-Feira, recentemente, ao vir em direcção a casa, sentado ao volante do meu "Herbie" 206, dei por mim a ouvir um qualquer poeta, um poeta sem nome para mim, sem rosto, mas com uma mensagem (que me despertou a atenção). E é aqui que a conversa se relaciona com as primeiras linhas que escrevi hoje.
Disse o, chamemos-lhe assim, "poeta anónimo": «Voltar atrás. Enfrentar o passado com outros olhos pode querer dizer 'perder um mundo que um dia foi nosso.' Pense nisto. Boa noite!»
E então eu pensei.
Conclusões? Não sei bem se o objectivo de pensar nas coisas é chegar sempre a uma conclusão, concreta e definida (como outra coisa qualquer). Por vezes, e mais importante do que chegar a uma qualquer conclusão, é apenas uma forma de olhar para uma questão de uma outra forma. Porque, no fundo, nós existimos sempre em relação aos outros e não apenas em relação a nós próprios.
Seja como for, uma das coisas que eu me apercebi é que voltar atrás e seguir em frente são coisas distintas, embora tantas vezes confundidas. Eu segui em frente, sem nunca esquecer o bem que ficou para trás. É provavelmente essa a diferença em relação a quem esteja constantemente a evitar voltar atrás, com receio do que de menos bom houve.
Despeço-me com uma citação: "Pense nisto. Boa noite!"
domingo, abril 27, 2008
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário