Cantar um conto...

Eu não sei, que mais posso ser
um dia rei, outro dia sem comer
por vezes forte, coragem de leão
as vezes fraco assim é o coração
eu não sei, que mais te posso dar
um dia jóias noutro dia o luar
gritos de dor, gritos de prazer
que um homem também chora
quando assim tem de ser

Foram tantas as noites sem dormir
tantos quartos de hotel, amar e partir
promessas perdidas escritas no ar
e logo ali eu sei...

(Que) Tudo o que eu te dou
tu me das a mim
tudo o que eu sonhei
tu serás assim
tudo o que eu te dou
tu me das a mim
e tudo o que eu te dou

Sentado na poltrona, beijas-me a pele morena
fazes aqueles truques que aprendeste no cinema
mais pesso-te eu, já me sinto a viajar
pára, recomeça, faz-me acreditar
"Não", dizes tu, e o teu olhar mentiu
enrolados pelo chão no abraço que se viu
É madrugada ou é alucinação
estrelas de mil cores, ecstasy ou paixão
hum, esse odor, traz tanta saudade
mata-me de amor , da-me liberdade
deixa-me voar, cantar, adormecer

(Pedro Abrunhosa - Tudo o Que Eu Te Dou)

Miúdo, é assim... antes de um jantar, depois de um jantar... com ou sem vinho do Porto a acompanhar (nós somos os verdadeiros rouxinóis de qualquer forma... e nenhum de nós é apreciador de vinho... bem... tu ficas melhor calado, de qualquer das formas :D )... no teu teclado... num orgão a sério... onde quer que seja, a qualquer hora... algures antes de 20 e não sei quê de Setembro (peço desculpa só ter marcados os horários dos meus exames... sabes bem como é difícil arranjar tempo para tudo... e mesmo assim, parece que tenho sempre tempo para ti... deves ser um gajo especial :S )... bem... tu sabes... tu e eu... a música do costume... a gravaçãozinha... os teus dedos... as minhas cordas vocais... aqueles minutos sentidos... a música que vai permanecer na playlist por 9 meses... para recordar.... não o momento... mas todos os momentos... 21 anos resumidos em breves minutos... eu depois conto-te as histórias que passámos e nunca mais nos lembrámos... os vidros que partimos sem ninguém saber... aqueles que tivemos mesmo de pagar... as futeboladas dos "futuros" jogadores de basquete... aquele raio que caiu mesmo ao meu lado, numa noite de trovoada em que nós andávamos a correr à chuva... enfim... aquelas histórias... o almanaque que ficou por escrever...

Um dia eu conto-te...