terça-feira, maio 31, 2005

Ughhh... Welcome... To the dark side...



Ontem lá fui eu... fazer uma daquelas coisas que adoro... uma sessãozinha de cinema, caseira, até de madrugada... ou qualquer coisa parecida... Dois CD's, uma capa do X-Men só para enganar, uma Guerra das Estrelas para apreciar e umas horitas de sono para dissipar...
Não havia filipinos como tinha sido "prometido", mas não faltaram uma bolachas com pepitas de chocolate para ganhar barriga... ao meu lado, alguém que travou um duelo feroz com a cadeira... um "racha mas não parte" que deu um novo sentido à guerra das estrelas...

Durante pouco mais de 2h, lá estive eu a ver a edição especial do clássico, com um final surpreendente... tanto ao nível da história que eu não conhecia totalmente (foi o 2º Star Wars que consegui ver até ao fim... o outro foi o Episódio III), como por aquele bónus que nos arregalou os olhos... Um Anakin que apareceu 20 anos depois deste filme... de repente também entra no filme... coisas de edições especiais! :P

No final, lá fui eu de novo, rumo a casa, para um descanso merecido, depois de ter feito horas extra na secção de basquetebol do Clube Portugal Telecom, que me havia adiado o jantar para as 22h30... Tudo seria (quase) normal... um gesto tantas vezes repetido... não fosse a maldade do Chancellor Palpatine... personificado na minha mãe... a acordar-me com 4 horas de sono para me pedir para gravar uma p***a de um relatório num CD... a minha ira atingiu uma nova dimensão... e então eu, Timmy Sá-Walker levantei-me repentinamente, frustrado com a situação, a descarregar a ira para aqueles que ouviam... por um momento estive à beira de me passar para o lado negro... fui salvo por uma voz interior que me repetiu insistentemente "Listen to Yoda you must, Timmy Sá-Walker..."
Era o grande mestre... Obrigado mestre por me salvares mais uma vez... por me impedires de ir para o lado negro...

Nota 1.001: Mãezinha, já vai sendo hora de aprenderes a formatar os textos no word, a fazer um copiar/colar, a explorar as pastas no windows, a.... e a...... e a..... É que são coisas que tantas vezes precisas que o teu filhinho querido não pode andar sempre a fazê-las por ti...
Nota 1.002: Querida maninha, já vai sendo hora de aprenderes a gravar CD's, a pesquisar imagens e a metê-las onde quer que seja... a editar, etc... É que são coisas que tantas vezes precisas que o teu maninho querido não pode andar sempre a fazê-las por ti...
Nota 1.003: E lembrem-se que eu também tenho as minhas coisas para fazer.... tenho as minhas horas para dormir... os meus livros para estudar... as minhas horas livres para aproveitar... Não me multiplico e não tenho super-poderes... E se continuarem a tirar-me as horas de descanso para fazer as vossas coisas, qualquer dia dou em doido... acordar-me depois de 4 horas de sono não foi uma boa ideia...

segunda-feira, maio 30, 2005

Um exemplo a seguir... Quem, eu?



É engraçado quando damos por nós a pensar nos nossos heróis de infância... nos nossos modelos de adolescência... nos exemplos que quisemos seguir e aqueles que quisemos evitar seguir... todas aquelas pessoas ou personagens que nos ajudaram a escolher o caminho... todos aqueles que por algum motivo moldaram o nosso comportamento e condicionaram (indirectamente) as nossas opções...

É que de repente, nós próprios podemos tornar-nos uma dessas pessoas para outrém... Quando menos se espera, lá está aquela pessoa o mais improvável possível a pedir-nos conselhos, a perguntar-nos o que faríamos naquela situação e como é que conseguimos alcançar um determinado objectivo... E de repente, alguém dá mais valor a certas capacidades que possuímos do que alguma vez nós demos a essas mesmas capacidades...

Se me dissessem que um dia eu ia ser um exemplo para alguém, eu diria... Dificilmente... Sou aquele rapazinho que não dá muito nas vistas, que normalmente evita grandes conversas colectivas e certamente não é excepcional em nada em particular. Ok, eu tenho as minhas qualidades... mas depois também tenho os meus defeitos... não me destaco particularmente por nenhuma dessas coisas... especialmente para aqueles que me conhecem de l0nge... que não me conhecem verdadeiramente...

Mas dou por mim, hoje, a ser um exemplo para alguns... alguém para quem alguns olham e em quem descobrem alguma qualidade particular que querem emular... alguém em quem vêem um amigo pronto a dar os melhores conselhos possíveis e a ajudar a resolver situações das suas próprias vidas...

Enfim, um exemplo a seguir... Quem, eu? :)

domingo, maio 29, 2005

Parabéns, Mini-Shaq



Bonito este filme... Pelo menos na sua essência... naquilo que representa... Um guarda-costas "improvisado"... um ex-mercenário sem rumo para a sua a vida, que conhece uma criança que muda o seu mundo... ok, se calhar a ideia não é tão original quanto isso, mas com um argumento tão rico e interpretações tão notáveis como as de Denzel Washington e da garota Dakota Fanning, tudo ganha um valor indescritível...

Claro que para muitos, este é um bom filme de acção com um background pouco original, mas com a minha experiência de vida, com a forma como eu vejo o mundo... é exactamente esse background que dá sentido ao filme e o valoriza o máximo possível...

De facto, desde há dois anos para cá, comecei a dar todo um novo significado a expressões como "as crianças são o nosso mundo"... não apenas em termos de futuro, numa perspectiva que as crianças de hoje são os homens e as mulheres de amanhã... elas são muito mais do que isso... são o presente... e não há dúvida que elas são capazes de mudar o nosso mundo, nem que seja por breves instantes... mais... conseguem fazê-lo, reagindo espontaneamente a gestos simples da nossa parte...

Na Sexta-Feira, uma atleta minha completou o seu 12º aniversário... Eu resolvi dar-lhe uma pequena lembrança... uma coisa tão simples como uma folha de papel, com 2 impressões feitas na minha impressora, dobrada ao meio e com uma foto colada por dentro, junto de uma breve dedicatória... aparentemente simples, hein? Nunca vi uma miúda tão contente com um gesto tão pequeno, mas ao mesmo tempo tão simbólico... o valor que ela deu a uma coisa que pouco mais de 10 minutos do meu tempo tomou...
Mas se para ela foi simbólico o meu gesto, para mim não teve menos valor a reacção dela... E nesse dia, por esse breve instante... eu esqueci os meus problemas e sorri... sorri, simplesmente...

sábado, maio 28, 2005

Um ser social



Acho engraçado a vertente social intrinseca ao homem. Todos nós, mais introvertidos, mais extrovertidos, temos uma necessidade espontânea do nos relacionarmos com outras pessoas. O espaço onde nos inserimos, o meio de onde partimos e mesmo situações específicas que ocorrem quando menos se espera, determinam quais as pessoas com quem estabelecemos ou não laços, ou um contacto de qualquer tipo.

Tristemente, muitos desses relacionamentos que se estabelecem são frágeis ao ponto de, em determinadas situações, junto de determinadas pessoas, pensarmos na razão pela qual estabelecemos um certo tipo de laço ou um determinado tipo de contacto, com mais ou menos proximidade de outra pessoa...

Hoje dei por mim, sentado, a olhar meio de frente, meio de lado (diagonal? :S ) para uma pessoa... E enquanto olhava, num ângulo de amplitude... bem... talvez 110º... comecei a pensar na forma como a conheci e como me aproximei dessa pessoa... a situação específica que possibilitou esse facto... E depois dei por mim a pensar o quanto ela foi importante para mim numa determinada altura... nomeadamente para superar uma determinada situação (ok, ok... eu assumo isso)... E neste momento, a única coisa que vejo é uma pessoa que se tornou exactamente naquilo que eu tentei evitar... numa daquelas coisas das quais eu fugi...

E de repente, dou por mim a pensar... mas afinal... e se não tivesse ocorrido aquela situação? Alguma vez eu iria estabelecer algum tipo de proximidade? Provavelmente não... Mas o pior de tudo... o pior de tudo é pensar que agora que a situação já não me afecta, já não há motivos para qualquer tipo de proximidade, para qualquer tipo de relacionamento com essa pessoa... E esta é a fatal fragilidade que se pode apontar aos relacionamentos entre as pessoas... resultantes da necessidade de sociabilização... É triste...

sexta-feira, maio 27, 2005

Hoje vamos ao Organic!



Estava eu (como habitualmente faço ao final da noite) a colocar a conversa em dia no MSN, quando um amigo decidiu dizer o seguinte: "Eu tenho um amigo que..."
Esse inicio apareceu como forma de criticar algo que eu disse e ao qual eu vou responder desta forma:

"Eu tenho um amigo que..."

...Barcelona... Julho/Agosto de 2004... 10h... fila para entrar em La Pedrera... de repente eu ouço ao meu lado uma voz a dizer: "ainda nem é meio dia e já não aguento a fome... não podemos ir já almoçar?"... era O meu amigo... o tal... OK... posto isto, vou saltar a visita ao telhado, ao apartamento e ao parque Guell, bem como os 2 Km que tivemos de andar para chegar do metro ao parque e do parque ao metro (acumulado)... também vou saltar as 3h e meia que foram omitidas pela falta de relógio no meu pulso e por um desejo que viria a ser conhecido como "infantilmente inflexivel" da parte d'O meu amigo...

...14h30... Praça da Catalunha... eu pergunto as horas... O meu amigo responde "13h"... "não pode ser" - ripostei eu, esgotado e esfomeado... "É pois... olha, tenho aqui um mapa do ORGANIC... é esta folha de papel verde que tem umas ruas (mal) desenhadas" - respondeu O amigo... No estado em que eu estava, e dado o local em que me encontrava (à porta de um Pans & Co., de um McDonald's e de um Burger King) eu ripostei que iamos ao Organic (um restaurante vegetariano que tinha sido recomendado por um antigo treinador e amigo d'O amigo) noutro dia, mas que naquele momento eu não aguentava mais a fome e iamos ficar mesmo por ali... mas não foi assim... a verdade é que andámos mesmo à procura do maldito vegetariano... até às 16h... e eventualmente "almoçámos", depois de descobrir que o proprietário do restaurante era um argentino gay, que gostava de Amália e cantava o fado como um rouxinol... Coimbra é uma lição.........

E então eu digo:
Eu tenho um amigo que... às 11h já se estava a queixar da fome...
Eu tenho um amigo que... apesar de não ter comido nada até então, andava à procura de um restaurante vegetariano, utilizando um mapa que (viemos a descobrir mais tarde) estava completamente errado...
Eu tenho um amigo que... ia, vai e continuará a ir frequentemente a fast food restaurants, mas que naquele dia específico, às horas descritas, resolveu, POR UM DIA, que estava farto desse tipo de comida...
Eu tenho um amigo que... foi na altura considerado como "infantilmente inflexível"...
Eu tenho um amigo que... me faz escrever sobre uma situação que nos fez discutir na altura, mas com a qual nos rimos hoje em dia... em qualquer dia, a qualquer hora...
Eu tenho um amigo que... me acompanha e me completa...
Eu tenho um amigo que... cresceu comigo... que continua a crescer comigo... que me faz crescer a mim também...

Pois hoje sou eu que digo: "Hoje vamos ao Organic!"... mesmo que seja só na memória... mesmo que seja apenas para recordar... Mas desta vez, levo a morada comigo:

Junta de Comerç 11,
08001 - Barcelona

quinta-feira, maio 26, 2005

Campo de Treino 2005


Na figura, eu e alguns dos meus pupilos, bem como o director que mais acompanha a equipa

Hoje recebi a confirmação de que fui um dos 6 treinadores eleitos para desenvolver capacidades específicas de alguns dos 60 atletas que vão fazer parte do primeiro Campo de Treinos da Associação de Basquete de Coimbra. Dentro desses 60 atletas, nascidos em 1990, 1991 e 1992, estarão alguns dos atletas que irão ser chamados às selecções distritais tanto de Iniciados como de Cadetes (masculino e feminino). O Campo vai ser supervisionado, como não podia deixar de ser, pelos seleccionadores distritais dos respectivos escalões. Traduzindo, para quem não está muito dentro do assunto, a Directora Técnica do Basquetebol em Coimbra escolheu 6 treinadores que considerou terem as capacidades adequadas à preparação de alguns dos atletas com maior potencial a nível da modalidade, por forma a tentar obter os melhores resultados desportivos possíveis para Coimbra nos anos seguintes (nomeadamente no ano que vem). E para surpresa minha, eu fui um dos eleitos.

E eu podia estar para aqui a dizer que embora tenha sido com alguma surpresa que recebi o convite (até porque este é o meu primeiro ano com carteira de treinador), que aceitei com grande prazer, acho perfeitamente justo pelo trabalho que tenho desenvolvido no meu clube... mas não é por isso que estou a escrever...
A verdade é que muitas vezes sinto que o meu trabalho não é reconhecido dentro do próprio clube. Quantas vezes eu faço "sacrifícios" para estar lá e fazer as coisas o melhor que posso? Mesmo em dias em que sinceramente preferia estar com os amigos ou simplesmente estar noutro sítio qualquer... Mas não... estou lá e faço o meu trabalho.... e às vezes, o trabalho dos outros... E é por isso que eu não percebo porque é que algumas pessoas que estão a fazer um MAU trabalho (as letras maiúsculas é para evitar a expressão "muito mau", ou mesmo "péssimo"... oops...) continuam a ser mais apoiadas que eu internamente... aliás, muitas vezes nem é o facto de outras pessoas serem mais apoiadas... é o facto de eu não ter o apoio necessário... Para a minha equipa, sou eu que trato de bolas, equipamentos, àguas, etc...

Eu compreendo que joguei 10 anos no clube rival e só 1 no clube que treino actualmente e, àparte da minha pessoa, todos os outros treinadores são pessoas que estão no clube desde o início, mas bolas... Será que isso é assim tão impeditivo em relação às oportunidades ou ao apoio a dar a alguém que faz o melhor pela sua equipa e pelo seu clube actual? (e o meu melhor em relação ao basquete de formação não é assim tão pouco quanto isso..)

É bom virem estes convites e este reconhecimento de fora (não foi o primeiro, mas foi o mais importante... de longe)... Não só por ser um reconhecimento, mas principalmente para abrir os olhos de muita gente que dá mais valor a politiquices ou a uma menina com a cara bonita que lá anda a passear a sua incapacidade em relação ao basquete e a tentar superiorizar-se ao seu novo grande rival... Estou feliz... e claramente divertido com a situação... :)

Música no coração



Prayer for a Journey

Thank You, God,
Not just for life,
But for our journey through life.
Life is a miracle,
And a journey through life
Is so full of so many more miracles
If we travel with our Heartsongs.
Thank You, God,
For blessing me with the
Gift of Heartsongs,
So that I can enjoy my miracles.

Hoje resolvi escrever sobre algo que me tocou há algum tempo. Um dia destes vi uma reportagem no canal SIC Mulher (um canal "também para homens", segundo o slogan publicitário do mesmo) sobre um rapazinho (Mattie Stepanek) que morreu, vítima de distrofia muscular. Posso dizer que estava prestes a desligar a televisão quando começou a dar a reportagem, mas a intenção não passou disso mesmo. Não passou disso mesmo porque achei absolutamente fascinante a cabecinha do rapazinho. Brilhante... Por 10 minutos pensei que o coração dele estava colado ao cérebro... digo isto apenas e só porque a forma como ele via o mundo era lindíssima... Tudo o que ele queria era ser um homem de paz.... e antes de morrer, ele apenas desejou ter a mesma oportunidade no céu que tinha tido na terra para continuar a sua jornada pela paz... E eu chorei... podia dizer que chorei porque achei inacreditável a forma como ele conseguia encarar a vida quando numa situação como a dele qualquer pessoa diria que a vida lhe virou as costas... e acreditar no "para além da morte" quando qualquer um de nós diria que Deus nos virou as costas... mas a verdade é que chorei porque em cada frase, em cada resposta, ele conseguia chegar ao meu coração...

Depois de as lágrimas secarem, decidi ler alguns dos poemas... sim, porque o rapazinho tinha 5 best-sellers nos Estados Unidos (aos 14 anos)... era poeta...
Depois de ler alguns dos poemas, tive a certeza que o coração dele estava directamente ligado ao cérebro... metaforicamente falando... eu acho... :|
Escolhi pois um desses poemas para deixar aqui... mais um pequeno tributo que eu deixo no meu cantinho na internet, àqueles que de alguma forma me marcam...

Para concluir vou apenas esclarecer o termo "heartsongs" que aparece em (quase) todos os poemas que li... "heartsongs" é basicamente a beleza interior das pessoas... é a música nos nossos corações que nos ajuda a melhorar como pessoas e a ajudar as outras pessoas a fazer o mesmo... e então ele escrevia... escrevia "auxiliado" pela(s) sua(s) "heartsong(s)", para expressar as suas opiniões e os seus sentimentos... tal como eu...

quarta-feira, maio 25, 2005

Que ensino?




Bom, eu não sou particularmente um apreciador de "comics" e "cartoons", mas hoje não podia deixar de pegar neste exemplo que me passou pela frente e que representa de certa forma um dos grandes problemas do ensino.
Não sei se é das horas de sono que eu não tive esta noite (dispendidas na realização de um trabalho), se é por tudo o resto que se passou antes e depois, mas algo me impele a ir directo ao assunto de forma que contrasta com a minha calma habitual.

Hoje tive de entregar uma aplicação que mais não era do que um sistema de informação. Uma aplicação onde tinha de criar tabelas com vários campos e depois desenvolver mecanismos que permitissem introduzir, calcular e consultar dados referentes a um caso prático.
A questão é esta: eu estou em Economia... Desde quando é que um "futuro licenciado" em economia precisa de saber desenvolver aplicações informáticas, bases de dados e sistemas de informação? Será que é uma preparação para uma futura candidatura a um emprego que nada tem a ver com o ramo da economia? Ou é apenas mais uma cadeira inútil onde se aprendem coisas que amanhã já esquecemos? Coisas que nunca na vida vamos precisar.... Caso contrário, para que servem os outros cursos que se reportam precisamente a esse tipo de actividades? Quer dizer... no futuro, se um "patrão" nessecitar de uma base de dados ou de um sistema de informação, concerteza não vai procurar um licenciado em economia... Ainda se fosse analisar... mas não... Criar? Desenvolver uma aplicação? Espero que o "conhecimento" adquirido sirva para alguma coisa até ao dia 14 de Junho porque depois... já era...

Para piorar, o próprio professor é, e peço desculpa por eventualmente ferir qualquer tipo de susceptibilidade, um verdadeiro "nabo" na matéria... Entrega o enunciado de um trabalho que nem ele próprio sabe fazer... Ficou visto nas várias aulas em que ele tentou ajudar... Aquilo que os outros não conseguiam resolver.... ele não resolver conseguia (Yes, master Yoda... é muito Star Wars com poucas horas de sono... peço desculpa)...

E digo mais... para além de aprender a trabalhar com o software que ele tenta introduzir nas aulas, era bom que o Sr. Professor Doutor aprendesse a língua portuguesa... ele e muitos outros...
Estou farto de ouvir expressões absolutamente idiotas do tipo "para resolver isso, vocês têm vários CONTRÓIS".... e depois há sempre os "recursos afectados" num contexto onde a única possibilidade seria mesmo afectos... mas pior de tudo é chegar à altura da entrega do trabalho e ouvir que a manual de utilização está muito "VERBOSO" (traduzindo: tem muito texto... tem de ser mais esquemático... ainda bem que o prazo limite era passado uma horinhas... assim passou a estar menos... hum.... verboso?)...

Ai este ensino, este ensino... Quem é que precisa de umas lições, afinal?

sexta-feira, maio 20, 2005

Até sempre, #31



Bom, o culto do basquetebol nos EUA é mais do que conhecido e os filmes que têm como pano de fundo essa modalidade não são tão escassos quanto isso. No entanto, acabam invariavelmente (pelo menos na maioria dos casos) por cair no tema das opções em relação aos estudos e da família, bem como da conciliação destes com a alta competição... Spike Lee, o realizador deste filme, não mudou grande coisa...

De qualquer forma, também não é por causa do filme que eu escrevo hoje... Na verdade, escolhi este filme apenas por duas razões: por um lado, aparece no filme um “rapazinho” chamado Reggie Miller... uma curta presença, mas que hoje ganha um novo sentido... a segunda razão é o facto de o realizador, Spike Lee, ser um fanático pelos New York Knicks, que tantas vezes foram vítimas dos mortíferos lançamentos de 3 pontos do rapazinho acima referido.

E vale a pena recordar... vale a pena recordar porque, a partir de hoje, esses momentos pertencem ao passado. É verdade. Reggie Miller, 39 anos... o melhor atirador de 3 pontos de todos os tempos e 12º melhor marcador da história da Liga (NBA)... retirou-se... o derradeiro jogo foi frente aos Detroit Pistons... 27 pontos, 2 ressaltos e 2 assistências...

E é pena... pena, porque ao longo destes anos ele foi verdadeiramente um exemplo... fora do campo, onde ganhou vários prémios de ajuda à comunidade... dentro do campo, onde nos (a tantos outros como eu) fez acreditar nos “impossíveis”... jogos perdidos que em apenas alguns segundos estavam empatados ou, eventualmente, ganhos... festejos tranformados subitamente em lágrimas.... lágrimas transformadas em festejos, num àpice...

Esta época, a derradeira temporada, ele foi mais uma vez o rosto do inconformismo face à adversidade... Numa equipa limitadíssima por lesões e suspensões, ele carregou uma cidade, um Estado, até aos Playoff, acabando desta forma maravilhosa a sua lendária carreira...

Um ícon com o qual crescemos... um herói... alguém que embora eu nunca tenha conhecido, nunca será esquecido... por tudo em que ele me fez acreditar...

Obrigado Reggie, por me fazeres acreditar nos “impossíveis”...

#31

Nota final: A 15 segundos do final, a última substituição... público de pé.... standing ovation... o treinador adversário pede um minuto de desconto unicamente para aplaudir a saída do lendário jogador... os adversários aplaudem, os colegas aplaudem... o público chora... agradece... senhoras... senhores... crianças... e então começam os cânticos: "Reggie, Reggie, Reggie..."
É bonito... assim vale a pena... :)

Comédia ou tragédia?



Woody Allen é sem dúvida um mestre na arte da comédia... poucos são aqueles que usam a ironia (às vezes sarcasmo) da forma que ele usa... revelando pura inteligencia, puro génio... Melinda and Melinda é mais uma demonstração disso mesmo.

Um filme cuja ideia inicial é mostrar que a vida pode ser uma comédia ou uma tragédia... tudo depende da forma como olhamos para ela. Para mostrar isso, juntam-se dois cineastas numa mesa de restaurante, pega-se numa situação descrita por um amigo e transforma-se essa situação em dois filmes distintos: um filme cómico e um filme trágico...

Nos relatos aparecem diálogos interessantíssimos, dos quais posso dar um exemplo... Um senhor, após uma pequena discussão com a sua esposa faz-lhe a seguinte pergunta:
- You mean we don’t communicate anymore?
- Of course we communicate! Can we not talk about it? – responde a sua esposa…

Confesso que a cena em si me fez rir… não há maior paradoxo do que este... tal como parece ser paradoxal que eu me tenha perdido a rir com uma coisa que, bem vista (pelo menos se me tocasse a mim a situação), não é propriamente uma situação agradável... antes pelo contrário... O que muda é a forma de olhar para as coisas...

Claro que não podemos dizer simplesmente que a vida é uma comédia, ou apenas uma tragédia... mas a forma como olhamos para ela condiciona tudo... e podemos chegar ao fim e dizer que foi de uma certa forma ou de outra, de acordo com a maneira como encarámos e encaramos as mais variadas situações...

Mas no final....
- So, are those tears of sorrow or tears of joy?
- Well, aren’t those the same tears?

…a vida é sempre a mesma… é a forma de olhar para ela que nos faz mais ou menos felizes... : )

quinta-feira, maio 19, 2005

Sonhos



Excertos de um livro, de uma reflexão, de uma filosofia, de um sonho...

...sonhos são como o vento, sentimo-los, mas não sabemos de onde vêm nem para onde vão... nascem como flores nos terrenos da inteligência e crescem nos vales secretos da mente humana, um lugar que poucos exploram e compreendem.

...sonhos... podem alargar a aprendizagem e enriquecer a personalidade... ou... alimentar a insegurança e a ansiedade...

Os sonhos regam a existência com sentido...

A complexidade da mente humana faz-nos transformar uma borboleta num dinossauro, uma decepção num desastre emocional... um fracasso num objecto de vergonha... os sonhos, a motivação e o desejo de sermos livres... ajudam-nos a superar os monstros da nossa mente... não tenha medo da dor... tenha medo de não a enfrentar, de não a criticar, de não a usar...

...pequenos pormenores mudam uma vida...

...capacidade de amar, tolerar, brincar, criar, intuir.... sonhar...

É bom ter sonhos... é bom sonhar... e às vezes, é bom lembrarmo-nos disso...

quarta-feira, maio 18, 2005

Há coisas que se assumem!



Dangerous Liasons... Elenco de luxo, argumento imaculado, obra-prima... Fantástico este filme que mostra os enredos da alta aristocracia do séc. XVIII... Luxúria, vingança, mentiras... Amor e tragédia... a não perder...

Revi este filme há uns dias e mais uma vez fiquei preso até ao último minuto... mal sabia eu que se iria passar algo esta semana que me faria pegar no filme para escrever um pouco...

De facto, no início desta semana ocorreu uma situação absolutamente clara que envolvia várias partes... mas aquilo que era claro entre duas pessoas, no início, deixou de ser claro quando se tratou de dar a conhecer a situação a uma terceira pessoa (que também estaria envolvida de uma certa forma). Deixou de ser claro porque alguém decidiu inventar uma versão daquilo que tinha ocorrido. Como não podia deixar de ser, essa invenção foi absolutamente fantasiosa... no mau sentido... Conseguiu-se distorcer toda a história e montar uma rede de mentiras absolutamente inacreditável... para quê? Para prejudicar a outra parte? Por vingança?

Tudo bem que às vezes saímos magoados de certos relacionamentos... sejam amizades, sejam apenas bons momentos passados juntos, seja o que for... Agora, há mesmo necessidade de se chegar a um ponto onde já nem se assumem as suas próprias opções, as suas próprias atitudes (e os seus próprios erros)?

Tudo fica ainda mais “sujo” quando se trata de alguém de quem já fomos particularmente próximos... pessoas que já considerámos um(a) dos(as) melhores amigos(as)...

Há coisas que se assumem! Tenho dito.

quinta-feira, maio 12, 2005

The End



“A parte mais importante da história é o final...”

É esta a ideia chave de um filme que nem sequer prima pelo seu final... De facto, esta ideia até perde um pouco de sentido quando associada a um filme como o Secret Window em que tantas coisas nos prendem desde o início que o final acaba por não primar pelo entusiasmo proporcionado...

A ideia ganha, no entanto, todo um novo sentido quando a associamos às mais diversas coisas da nossa vida... Ora vejamos, ainda um dia destes eu escrevia que o carro 19 da Queima das Fitas deste ano era das coisinhas mais desorganizadas da história e que tinha ardido antes do final do cortejo e, dois dias depois, sei que ganhou o 2º prémio... Belo final, hein? De repente as lágrimas transformaram-se em alegria e a desilusão em euforia...Tudo isto porque lá se arranjou um final engraçado...
Pensemos agora no desporto, por exemplo... independentemente das dificuldades que possam aparecer ao longo do ano, se no final os objectivos forem atingidos, então está tudo bem e já não se dá importância ao que não correu assim tão bem...
Nos estudos... não se consegue estudar tão bem quanto isso e o exame corre mal... mas depois a nota até é redondinha e engraçada e já nada disso importa...
Numa relação... Passamos por coisas tão boas, mas depois acaba... se acaba, é porque alguma coisa estava mal... e a partir daí, nunca mais podemos deixar de associar essa qualquer coisa à pessoa em questão...

E tudo isto pode acontecer da maneira perfeitamente inversa... são meros exemplos de como o final influencia decisivamente a nossa forma de ver as coisas... de tal forma que tudo o resto passa, muitas vezes, para segundo plano... quer seja numa história, quer seja na vida...

Não podemos esquecer, no entanto, que para lá chegar se passa por uma série de coisas... e são essas coisas que nos enriquecem, quer seja pelas experiências positivas, quer seja pelas negativas que, de qualquer forma, nos dão novas formas de ver as coisas e lidar com elas...

Acredito que com todas as coisas que se ganham até chegar ao final se pode fazer muito... quem sabe, até, mudar o final da história... final esse que é, de facto, o mais importante... e é exactamente por isso que devemos tentar mudar os "maus finais"... pelo menos quando temos as "ferramentas" necessárias, ganhas com as nossas vivências e experiências...

terça-feira, maio 10, 2005

Classe de 2004/2005



Hoje decidi escrever um artigo um pouco diferente do habitual... Por diversas razões... Até porque resolvi aproveitar este ano em que algumas das pessoas que me são mais queridas foram no carro alegórico para escrever um pouco sobre elas...

E para começar, não posso deixar passar em claro que a caricatura da esquerda é claramente enganadora... enganadora porque na verdade o rapazinho que lá está representado é, de facto, o mais baixo dos 3 fininhos... quer ele queira, quer não queira... como se pode ver, na análise das caricaturas lado-a-lado, esse facto é totalmente contornado e até parece que o tixório é mais alto que o estrelas.... mas é boato... é boato...

De qq forma, são duas das pessoas mais fantásticas que conheço... Estes rapazes são capazes de procurar um restaurante vegetariano às 15h30 sem terem a minima ideia de onde fica e orientando-se por um mapa que, tal como a caricatura da esquerda, é enganador... capazes de cantar para o garfo e de queimar a carne enquanto olham para as estrelas... de cheirar com os olhos e cantar um Wood Floors com as costas no chão da cozinha... mas acima de tudo, de partilhar sorrisos e choros, alegrias e tristezas... independentemente da situação... lá estão eles... lá estamos nós...



Depois temos esta menina... representada de uma forma menos enganadora... baixinha, mas grande (das mais diversas maneiras)... este ano também foi no carro... maninha querida, estás aqui no coração... a respeito desta menina não posso deixar de referir a história do dia de hoje... na verdade, a história já começou há um tempo... é que o carro 19 deste ano é simplesmente das coisinhas mais desorganizadas que alguma vez vi... ao ponto de a minha maninha querida dizer "para correr tudo mal, só falta que no dia do cortejo o carro pegue fogo"... pois é... e pegou mesmo fogo, ao passar a Praça da República... inacreditável...


No final de tudo isto fico a pensar que já não falta muito para tudo isto acabar... fim de curso à porta... depois vem o trabalho... colocações sabe-se lá onde... Resta-me desejar que por muitas coisas que acabem, o espírito actual se mantenha... acredito que isso irá acontecer, porque a amizade é daquelas coisas que, quando são verdadeiras, não acabam mesmo... por mais voltas que o destino dê...

Ah, e quanto ao rapazinho caricaturado à direita da menina, era suposto ser eu... está aqui apenas e só porque alguém disse um dia que eu não consigo ver para além de mim próprio (mas é mentira... a pessoa estava chateada... tem de se dar o desconto ;) )... e então cá estou eu... a adorar-me... ao ponto de colocar a minha caricatura (muito mal feita) num blog, sem motivo aparente...

terça-feira, maio 03, 2005

Realização...



In Good Company fala de vários temas (em campos completamente distintos) que considero particularmente interessantes. O desemprego e as políticas corporativas das grandes empresas, as dificuldades que podem aparecer quando a familia começa a saber mais sobre a nossa vida do que se calhar devia (a tentação de se meterem na nossa vida)... Mas aquilo que sobressai no final é a importância de fazermos aquilo de que realmente gostamos...

É fundamental para a nossa realização, fazer coisas nas quais realmente acreditamos... não há nada melhor do que ter a oportunidade de realizar projectos nos quais acreditamos... É importante descobrir aquilo que realmente nos realiza e, se aparecer a oportunidade certa, agarrar as oportunidades que nos são dadas da melhor forma possível... E quando acreditamos naquilo que fazemos, certamente que as coisas vão sair bem... mesmo que o conceito de “bem” seja relativo... e se conseguirmos transmitir isso aos que nos rodeiam, então estamos não só a realizar-nos a nós próprios, como também a ajudar os que nos rodeiam a encontrar o caminho para a sua própria realização...

Eu tenho a felicidade de poder participar num projecto no qual acredito... sem dúvida um complemeto para a minha vida que muito me realiza... e a cada dia, tento transmitir ao máximo todas aquelas coisas que me realizam... e fico feliz por saber que dessa forma estou a ajudar alguém a encontrar o seu próprio caminho...

segunda-feira, maio 02, 2005

Escuridão



Não estou com grande disposição/p'ra outra enorme discussão
tu dizes que agora é de vez/fico a pensar nos porquês
nós ambos temos opiniões/fraquezas nos corações
as lágrimas cheias de sal/não lavam o nosso mal

e eu só quero ver-te rir feliz/dar cambalhotas no lençol/mas torces o nariz e lá se vai o sol

dizes vermelho, respondo azul/se vou para norte, vais para sul
mas tenho de te convencer/que, às vezes, também posso...

(1ª parte) ter razão!/também mereço ter razão
vai por mim/sou capaz de te mostrar a luz
e depois regressamos os dois/à escuridão

Se eu telefono, estás a falar/ou pensas que é p'ra resmungar
mas quando queres saber de mim/transformas-te em querubim
quero ir para a cama e tu queres sair/se quero beijos, queres dormir
se te apetece conversar/estou numa de meditar

e tu só queres ver-me rir feliz/dar cambalhotas no lençol/mas torço o meu nariz e lá se vai o sol

dizes que sou chato e rezingão/se digo sim, tu dizes não/como é que te vou convencer/que, às vezes, também podes...

(Escuridão)

(2ª parte) ter razão!/também mereces ter razão
vai por mim/és capaz de me mostrar a luz
e depois regressamos os dois/à escuridão

(3ª parte) Atenção!/os dois podemos ter razão
vai por mim/há momentos em que se faz luz
e depois regressamos os dois/à escuridão

(Jorge Palma - Escuridão)
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É notável como há quem escreva letras para canções que descrevem situações muito específicas que nós associamos às nossas vidas... Recentemente "descobri" esta música do amigo Palma que associei imediatamente ao meu relacionamento com uma pessoa de quem fui muito próximo na ano passado, mas da qual me distanciei bastante este ano, embora continue e estar com ela algumas vezes... Razão? Não sei bem... Talvez orgulho... de ambas as partes... ou simplesmente medo de sair magoado de novo... medo de ambas as partes... ou então, simplesmente uma pequena vontade de vingança porque um magoou tanto o outro... de ambas as partes...

E então parece que a nossa situação salta indefinidamente da 1ª parte (apontada por mim na letra) para a 2ª... Mas hoje aconteceu mais uma vez uma coisa que me leva a querer chegar à 3ª parte... uma 3ª parte que, tal como na música, significa o fim... o fim da "Escuridão"...

domingo, maio 01, 2005

Ponto de interrogação, parágrafo...



“O conhecimento resulta do facto de encontrarmos respostas, mas é compreender o significado dessas respostas que nos dá a sabedoria....”

Foi esta a frase que me marcou durante o dia de hoje... Estava eu a ver um episódio do Smallville, uma série de reduzida qualidade (enfim... fala do super-homem... vá-se lá entender como é que há heróis que nos marcam enquanto crianças e nos acompanham por essa juventude fora, ao ponto de nos sujeitarmos a este tipo de massacre psicológico que são os maus argumentos e os maus actores, combinados numa péssima série...), quando de repente é dita esta frase surpreendente, a contrastar com a fraca qualidade habitual do argumento da série...

E marcou-me ainda mais por eu ter visto há 2 dias um filme coreano, de seu nome “Oldboy”... Um filme que tem como tónico o questionamento constante... As perguntas... as respostas... quais as perguntas certas a fazer para termos as respostas que realmente pretendemos...

Às vezes dou por mim a pensar e a fazer perguntas a mim mesmo... será que isto é assim? Mas porquê? E se calhar a pergunta que se devia fazer a seguir é “Será que é mesmo isto que eu quero saber”.. ou então “será que eu quero mesmo saber, ou prefiro nem saber?”...
E às vezes, as diferentes respostas a estas perguntas é que condicionam (e de que maneira) as nossas vidas...

Mesmo quando se fazem as perguntas certas, nada nos garante que as respostas para essas perguntas nos apontem o caminho ideal... o “felizes para sempre” que tanto nos querem “impingir” desde tenra idade... o Oldboy mostra um bom exemplo disso... Se alguém se sujeitar a 2h intensas psicologicamente (por razões bem diferentes das apontadas anteriormente : | ) vai ter uma boa oportunidade de saber a que me refiro... perguntas certas... respostas devastadoras... o preço a pagar pela sabedoria... às vezes mais vale não saber... até porque nada nos garante que as respostas encontradas sejam, por nós, bem interpretadas (nem todos chegam a sábios : P) ...